Olá pessoal,
de volta, novamente!
Passando por
alguns Blogs e Sites, resolvi contar uma história fictícia, que pra quem não
sabe o que é, é uma história de mentirinha, serve apenas para reflexão, se é
que há algo que se aproveite nela, segue ai:
A história de
João.
João era um
cara metódico, tímido e super organizado, talvez por isso fosse um dos melhores
funcionários do escritório, raramente deixava acumular serviço, inclusive sua
mesa despertaria inveja até nas mulheres mais exigentes.
Certo dia
entra uma nova funcionária na firma, a Sônia, que não demora em perguntar para
os demais o porquê de o João ter esse jeito tão fechado, já que se limitava a
responder apenas o que lhe fosse perguntado, e ainda assim era quase que apenas
“sim” ou “não”.
- O João até que não é feio, é inteligente,
mas é muito fechado, porque ele é assim, aconteceu algo aqui no escritório?
Parece que ele não se da bem com ninguém, sai e já vai direto embora, não
participa de nenhuma festinha, quase não conversa - perguntava ela a sua
supervisora-.
Marcela, a sua
supervisora, contou lhe então o que aconteceu:
-Vou contar
porque ele não faz questão que saibam o que aconteceu... O João nem sempre foi
assim tão fechado, na verdade ele era bem comunicativo até, mas acontecimentos
de apenas alguns dias, isso já há alguns anos, mudaram o seu jeito de se
relacionar com as pessoas, nada que afete seu trabalho, mas ele se fechou desde
então.
-Nossa! Parece
grave, o que aconteceu, morreu alguém por causa dele?
-Não chega a
tanto, acho que o único morto nessa história foi o João que nós conhecíamos
depois de quase ser preso duas vezes numa única semana, e pelo jeito não
suportou bem a situação e se fechou.
- Nossa! Nunca
me passou pela cabeça que ele tivesse problemas com a lei, tão certinho e
organizado, espero que não tenha sido nada grave, mas o que aconteceu?
- Bem...
Aconteceu que numa segunda feira, dizem que ele quase foi preso por injúria
racial num supermercado, quando comentou com a moça do caixa sobre a situação
econômica, e sem más intenções soltou a frase “É... A coisa tá preta, mesmo!”, parece
que foi o suficiente para uma moça ao lado começar a esbravejar que ele se
referia a ela, que era racista, chamou a polícia e aconteceu a maior confusão
como o coitado.
-Coitado,
sei... E se falou de propósito mesmo?
-Nada a ver, o
João perdeu os Pais muito cedo, e sem parentes próximos, praticamente foi
criado por uma pessoa de cor, tenho certeza de que ele jamais seria racista,
mas, para complicar, pois, logo depois ele foi acusado de homofobia, por mudar
de fila numa lotérica, onde haviam dois homossexuais abraçados, deu confusão de
novo!
-Espera ai,
esse é um país livre, que eu saiba não há nada de mais em duas pessoas do mesmo
sexo se abraçarem numa fila, sinto muito, mas, ele podia ficar quieto onde
estava, né!
-Verdade, mas
ele disse que não fez por mal nem pretendia ofender os dois, se justificou
dizendo que simplesmente mudou de fila por não se sentir a vontade, o que
convenhamos, também é um direito dele.
- Na certa mudou
de fila e resmungou alguma coisa que ofendeu.
-Pelo que
consta, não disse uma palavra, apenas mudou de fila, eu particularmente acho
que quiseram se aproveitar dele, devem ter pensado que ele fosse rico e daria
alguma indenização, talvez.
-Tá certo que
foi muita confusão mesmo, mas isso justifica ele ter esse trauma todo?
-Porque o
interesse nele?
-Nada de mais,
é que como você sabe, estou fazendo psicologia e achei interessante, um cara
que parece ser legal, mas ser tão fechado, quem sabe não me rende uma tese?
-Que tal
perguntar diretamente a ele? –Nisso Marcela chamou João e foram todos para sua
sala, pois, queria ver como agiria a nova funcionária diante daquela situação,
já que Marcela não gostava de fofocas ou assuntos mal resolvidos no trabalho-.
-João, você
sabe que a Sonia estuda psicologia e ela quer lhe fazer uma pergunta sobre o
que aconteceu com você, pode ser?
-Pode, mas não
to pirado não, se é isso que ela pensa.
Visivelmente
constrangida, Sônia lhe perguntou:
-Desculpa, não
é isso não, mas eu comentava com a Marcela o seu jeito fechado, quase não fala
com ninguém, e a Marcela acabou me contando o que aconteceu, daí que eu
perguntei a ela, se isso não seria um trauma seu que precisaria ser tratado,
você ainda é novo para agir tão fechado assim.
-Olha Sônia, agradeço a sua preocupação, mas
não é trauma, nem piração, é uma escolha que fiz só isso.
-Como assim?
Escolheu se fechar pra todo mundo?
-Na verdade acho que são as pessoas é que
escolheram que eu as ignore, ou se ignorarem com o chamado “Politicamente
Correto”, se falar alguma coisa, dirão que é racista ou homofóbico, se
conversar com alguém aqui no trabalho, vai que dizem que é assédio, melhor
ficar quieto não acha?
Bem... Se você
leu até aqui e espera um final, sinto muito, o final dessa história fica para
você mesmo imaginar e refletir.
Até mais!
Gostou? Não
gostou? Envie um comentário.
A todos muita
paz e saúde e proteção.
José Carlos Barbieni
– Serralheiro - Técnico em Informática e Administração
Formado na
ETEC “João Maria Stevanatto” Itapira-SP
jkarlosbarbieni@gmail.com