sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Os perigos da Lei Seca

Olá a todos, mais uma vez! A primeira vista o título do post sugere que eu seja contra a lei seca, já que a partir de Novembro, basta beber, qualquer que seja a quantidade, para ser considerado um ato criminoso, mesmo que não tenha se envolvido em qualquer ocorrência, isto parece um pouco rigoroso demais não?
Por um lado, aplicar o critério da presunção de culpa, ou seja, entender que pelo simples fato de ter bebido, um gole que seja, o sujeito já é passível de fazer besteira ao volante, me parece exagerado, um vez que este ato não provocou dano algum a terceiro, isto é, ele bebeu sim(considerando- se muito pouco) mas e daí? até àquele instante , durante a blitz, que mal isto produziu? Teoricamente nenhum!
Por outro lado, não sou contra a lei, pois o critério é simples e objetivo: "SE BEBEU, NÃO DIRIJA, SE VAI DIRIGIR, NÃO BEBA" Deixando claro que a combinação volante e bebida será ZERO! Sem acordo ou conversa.
Mas então onde está o perigo da Lei seca?
Está exatamente no fato da presunção de culpa, e na interferência do estado na vida privada do cidadão, dizendo a ele o que ele pode ou não pode fazer, independente de ter ou não ter produzido algum dano a outros, explica-se:
Beber em si não configura algo que possa prejudicar a outras pessoas, mas estar embriagado, sem condições de dirigir, pode sim vir a acarretar danos a terceiros; Partindo deste raciocínio, penso que o critério anterior que tolerava até um certo limite, me parecia mais correto, bastaria que o código de trânsito fosse realmente aplicado.
É claro que os fins, ou seja, evitar mais mortes no trânsito, justificam o rigor da lei, mas qual interferência do estado não estaria bem justificada?, É justamente ai que está o perigo, o estado sempre terá um motivo justo para interferir na vida das pessoas, nos resta esperar que sejam sempre em prol de melhorar a qualidade de vida da maioria. Corremos o risco de tornar o ato de ter bebido, mais grave que dirigir perigosamente de "cara limpa".
Em tempo, é bom lembrar de um fato plenamente justificado, e imposto a sociedade pelo estado, mas que na verdade só beneficiou meia dúzia de espertos, lembram-se das tais bolsas de primeiros socorros , que todos corremos para comprar, que rendeu multa para muita gente, e no fim das contas acabou em nada????
As bolsas de primeiros socorros eram e são úteis e justificadas, mas nas mãos da grande maioria dos motoristas, sem formação para seu uso, elas se tornam inócuas.
Pois é...nem sempre o que é justificável, é o melhor a se fazer!
Saúde e Paz a todos!!!